Gravidez na adolescência: Saiba os riscos da gravidez na adolescência e como prevenir

Gravidez na adolescência, este tema é um dos mais importantes pois refere-se a saúde dos jovens da nossa sociedade. 

Sobretudo, conciliar família, poder público e sociedade em geral é sem dúvida uma poderosa fórmula para reduzir os números de gravidez indesejada na juvenilidade.

Estamos tratando de jovens que tiveram relação sexual e estão a rejeitar os resultados da sua ação. Em alguns casos estão fragilizados pelo contexto familiar e é preciso ter paciência ao falar sobre o assunto.

É um dos assuntos preferidos dos jovens apesar de ser delicado, precisamos ser pontuais, empáticos e científicos para sobressair com uma ou várias soluções para esta questão.

Quando o assunto é gravidez na adolescência não estamos diante de um assunto por menor, sabemos da gravidade e dos efeitos que isso traz sobre a sociedade e a vida do jovem.

Precisamos de modo prático entender este fenômeno e abrir diálogo passivo, falar e debater sobre é preciso. 

Precipuamente tirar as ideologias e paixões de cena e traduzir o que os números e os altos índices de gravidez estão nos dizendo.

E mais do que isso fazer um esforço comunitário para entender este fenômeno para poder remediá-lo, prevenir e levar saúde para os adolescentes e jovens da nossa nação.

Gravidez na adolescência riscos

Ao produzirmos este texto sobre gravidez na adolescência não temos como meta apenas reproduzir aquilo que você já sabe, mas a nossa intenção é levar você que está lendo este artigo a fazer algo prático para amenizar as questões e os riscos envolvendo a gravidez na adolescência.

As Nações unidas (ONU) afirma que a taxa de gravidez entre os adolescentes no Brasil está acima da média latino-americana.

A América Latina e o Caribe continua sendo a sub-região com a segunda maior taxa de gravidez adolescente do mundo, afirmou relatório publicado por Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

A taxa mundial de gravidez na adolescência é estimada em 46 nascimentos por cada 1.000 meninas, enquanto as taxas de gravidez na adolescência na América Latina e no Caribe continuam sendo as segundas mais altas do mundo.

Estimadas em 66,5 nascimentos por cada 1.000 meninas com idade entre 15 e 19 anos superadas apenas pela África Subsaariana, segundo o relatório “Accelerating progress toward the reduction of adolescent pregnancy in Latin America and the Caribbean”. 

Gravidez indesejada no mundo

A cada ano, meninas ficam grávidas são aproximadamente 16 milhões de adolescentes de 15 a 19 anos; e 2 milhões de adolescentes menores de 15 anos.

Dados de 2011 mostram que o país teve 2.913.160 nascimentos, sendo 533.103 nascidos de meninas com idade entre 15 e 19 anos e 27.785 nascidos de meninas de 10 e 14 anos.

Vale salientar ainda que cerca de 30% das meninas que engravidam na adolescência acabam tendo outro filho no primeiro ano pós-parto.

Estes altos índices são crescentes e muitos jovens são prejudicados pela falta de informação ou ou por falta de um processo sério com interesse real em conscientizar e tratar a questão.

É preciso falar a estes jovens sobre suas escolhas e sobre suas responsabilidades, sexo não é brincadeira trata-se de uma ação biológica essencial para a sobrevivência da raça humana.

Sexo e sexualidade não pode ser tratada de maneira leviana e irresponsável como este assunto é tratado comumente, os números mostram os resultados da nossa má escolha.

É hora de falar sobre prevenção, números da gravidez na adolescência no Brasil, altos índices e como controlá-los. Os riscos são iminentes e não podem ser ignorados.

Ranking de gravidez na adolescência

No Brasil, mais de 20% dos partos são de adolescentes, mas este problema social ocorre em todo globo. São cerca 16 milhões de adolescentes de 15 a 19 anos grávidas em todo o globo.

Gravidez na adolescência no Brasil 2019

O Brasil tem gravidez na adolescência acima da média latino-americana, afirma organização mundia da Saúde (OMS).

A cada mil adolescentes brasileiras entre 15 e 19 anos, 68,4 ficaram grávidas e tiveram seus bebês, aponta relatório.

Carissa Etienne, é especialista em saúde pública da Dominica e diretora da Organização Pan-Americana de Saúde/OPAS, em nota e defensora da cobertura universal de saúde e afirma: 

“A gravidez na adolescência tem em sua maioria um impacto profundo na saúde física e mental das meninas durante toda a vida”.

Sem contar que a principal causa de morte, nestes casos segundo o relatório, a mortalidade materna é uma das principais causas da morte entre adolescentes. E as principais vítimas são as jovens de 15 a 24 anos na região das Américas.

Se contar os casos de abortos que segundo a ONU até 3,2 milhões de abortos inseguros de adolescentes acontecem todo ano em países em  desenvolvimento.

Ainda, globalmente, o risco de morte materna se duplica entre mães com menos de 15 anos em países de baixa e média renda.

Gravidez na adolescência prevenção

Em 2020 o governo lançou um plano de abstinência sexual, e o plano recebe muitas críticas devido a sua baixa efetividade.

Mas entendo que o momento em que vivemos é de grande polarização política e ela está enraizada em todas as escolhas da nossa sociedade sobrepondo a razão.

E toda ação urgente em questões de saúde pública é preciso tomar medidas que colaborem, mas muitas vezes a politica que devia resolver só visa o caos.

É preciso remover as nossas ideologias para tratar com racionalidade e equilíbrio o tema de tão grande notabilidade como a gravidez na adolescência.

Acredito que abstinência sexual na adolescência não resolve, mas é uma medida, trata-se de uma que pode ser usada para auxiliar os jovens nesta questão.

Ensiná-los a saber como se relacionar e a hora mais saudável física para praticar o sexo é fundamental.

Sexo casual e a depressão

Sexo casual pode causar depressão e pensamentos suicidas, jovens de 80 escolas americanas e 52 escolas de ensino médio foram entrevistados quando tinham entre 7 e 12 anos e depois entre 18 e 26.

Foram feitas perguntas sobre relacionamentos, depressão e pensamentos suicidas. Vinte e nove por cento dos participantes disseram que tinham vivido uma relação de sexo casual, que foi definida como “apenas sexo”. Entre eles, 33% dos homens e 24% das mulheres.

Cientificamente o sexo não ocorre simplesmente no âmbito corporal é um processo bioquímico complexo, trata-se emoções e envolvimento afetivo. 

O que ocorre dentro do nosso corpo e que muitas vezes é ignorado é o tempo de maturação.

Assim como bons frutos levam tempo para amadurecer o sexo e o corpo precisam de maturidade para que ocorram dentro de um plano saudável e não seja a razão de tanta problemática.

Pouco se fala sobre prevenção, hoje vemos nos meios de comunicação o sexo de uma forma banalizada e algumas empresas de marketing estimulam esse perfil que em alguns casos não funcionam, mas em outros são eficazes.

O marketing e o estimulo sexual

Já vi propagandas que vendem produtos de limpeza, expondo homens e mulheres com corpo delineado e com frases de duplo sentido. 

Não havia conexão entre o produto e a intenção sensual, muitas agências insistem, mas pesquisas afirmam que usar apelo sexual em propagandas como do exemplo acima é um tiro no pé. Saiba se é eficiente o uso de apelos sexuais em propagandas, artigo de Paulo Cesar Motta e “Daniel Piá.

O campo da arte que deveria estar a serviço da saúde humana muitas vezes também é explorado nesse sentido, músicas, filmes e novelas atraem a atenção dos jovens para o tema sexo, mas de uma forma banal que não gera a saúde sobre a sociedade.

Não se trata de moralismo, estamos a falar de lógica e dos impactos causados pela exacerbação do sexo de forma banal.

Não que não se deva falar sobre o tema sexo, ou que seja, errado de forma alguma, precisamos falar sobre e abordar o tema, mas é preciso:

  • Instruir
  • Prevenir
  • Conscientizar
  • Falar sobre as responsabilidades 

A mesma música que manda os jovens se relacionar de maneira descompromissada deve também incentivar o uso da camisinha.

Deve também falar sobre os prejuízos dessas doenças venéreas, devem expor os altos índices de HIV no meio da população jovem que são as principais vítimas. 

Número de homens jovens infectados pelo vírus HIV aumentou nos últimos dez anos, são 37,9 milhões de pessoas vivendo com a doença.

Os jovens precisam se conscientizar da sua responsabilidade, pois eles estarão virando estatística se não ouviram, por isso a mão da prevenção é fazer uso de toda e qualquer arma para combater e ajudar na prevenção é bem-vindo.

O poder público e a sociedade juntas na prevenção

Diversas são as formas de prevenção usadas na proteção dos adolescentes da gravidez na adolescência.

Algumas dessas ações pode ser uma palestra para jovens nas escolas, comunidades, igrejas e empresas. 

Sabemos que a gravidez na adolescência acontece no período escolar, momento de transição e mudanças físicas e psíquicas.

E a escola é o lugar ideal para falar sobre prevenção, abordá-los com os assuntos preferidos dos jovens cristãos, mas para também falar de suas responsabilidades.

Acredito que a palestra para jovens é uma ferramenta poderosa pois nela você pode abordar vários assuntos de uma maneira descontraída e levar informação e qualidade de vida para os jovens.

Porcentagem da gravidez na adolescência é derivada de abuso sexual, promover palestras contra o abuso infantil também é uma forma de ensinar as crianças a se protegerem e denunciarem os abusos.

Juntos poder público e sociedade, podemos promover um quadro diferente sobre a problemática da gravidez indesejada na adolescência.

Formas confiáveis de prevenir a gravidez na adolescência

1. Pílula anticoncepcional

Quando tomada corretamente a pílula anticoncepcional tem eficácia superior a 99% e com cada vez mais precoce a idade da vida sexual da mulher é preciso prevenir.

Pesquisas apontam que que 1/3 adolescente brasileiras vão ter a sua primeira relação sexual antes dos 15 anos. 

Nesse cenário a família deve ir ao médico ou ginecologista com frequência, o uso desse medicamento só deve ser feito com acompanhamento médico.

Tias, mães e avós e nem os parceiros tem autonomia de se auto medicarem, o aconselhamento anticoncepcional deve ser feito sempre por um médico especialista. E sem dúvida a pílula anticoncepcional é uma das formas mais eficazes de prevenir a gravidez na adolescência.

2. Preservativos masculino e feminino (camisinha)

A camisinha era feita de intestinos de animais ou até de borracha vulcanizada, mas a camisinha na forma atual foi feita por Charles Goodyear em meados do século 19.

Contestada por muitos a camisinha não é sem sombra de dúvidas uma das formas que durante os anos foi eficaz ferramenta na prevenção de gravidez indesejável e doenças sexualmente transmissíveis.

No Brasil é preciso aumentar os investimentos em campanhas nos meios de comunicação para ensinar as consequências que a não prevenção pode acarretar para a vida dos jovens. Sem dúvida a camisinha é uma forma eficaz, entra no rol preventivo, a sua eficácia na prevenção da gravidez é de 98%.

3. Espermicida

O espermicida é também uma forma de prevenir a gravidez, trata-se de é um líquido utilizado para aniquilar os espermatozóides.

Os espermicidas são cremes, supositórios, espumas ou geleias especiais colocados dentro da vagina antes da relação sexual. Estão este produto é encontrado em forma de cremes, películas, espumas, géis e supositórios, que podem ser comprados em farmácias.

4. Diafragma

Trata-se de um um copinho feito de silicone em forma de uma cúpula que é introduzido na vagina horas antes do ato sexual com o fim de evitar a gravidez.

Primordialmente para ser eficaz, é necessário que ele seja usado com espermicida para impedir que os espermatozoides cheguem aos óvulos e fecundam.

O diafragma moderno foi inventado por um alemão, Friedrich Adolf Wilde, que sugeriu que fosse feita impressão em cera da cérvice de cada mulher e a partir desse molde seria confeccionada barreira anticoncepcional de borracha.

Sua eficácia apresenta taxa de falha de 06 a 20%, ou seja, de cada 100 mulheres durante o período de um ano, de 06 (seis) a 20 (vinte) mulheres, podem vir a engravidar.

5. Diálogo sobre sexo na família

A família tem responsabilidade sobre os adolescentes, o Estatuto da Criança e do Adolescente, e a Constituição Brasileira no artigo 227, também assegura a proteção integral à criança e ao adolescente:

“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”

Prover educação, informação, é função da família, educação vem do berço. Existem muitos pais que culpam o poder público porque terceirizaram a educação dos filhos.

Mas a responsabilidade é dos pais cuidar dos filhos, o mundo mudou e a forma como gerimos a nossa casa é afetada diretamente pela nossa ausência

E essa ausência muitas vezes compensada de maneira errada piora o diálogo com os jovens pois os pais não tem tempo para investir na proteção dos próprios filhos.

Então é essencial a participação da família falando sobre o assunto e participando efetivamente da vida dos filhos.

Quem você pai e mãe ou responsável Invista no processo de proteção do seu filho.

Atitudes positivas durante a gravidez na adolescência

Na maioria das vezes a notícia de uma gravidez precoce é motivo de conflitos familiares e entre o casal.

Mas é possível ter atitudes positivas para beneficiar o adolescentes, apontando a sua responsabilidade e as consequências de sua escolha. Evite que a adolescente desenvolva transtornos psíquicos, mas a hora é de e acolhimento pensado no bem estar de todos e na qualidade de vida do bebê.

  • Suspeitou de gravidez procure uma UBS ou médico particular para orientações.
  • Faça o teste de gravidez de farmácia, mas o teste de sangue é mais eficaz.
  • Converse com seus pais sobre o assunto e seja transparente.
  • Faça o pré natal e acompanhe o crescimento do bebê.
  • Procure ajuda de um psicologo e assistente social para ajudar a lidar com a situação.
  • Evite o aborto, dependendo do caso os seus direitos estão garantidos.
  • Pense no seu bem estar e faça a coisa certa, afaste pensamentos negativos.

6. Abstinência sexual

O Ministério da Saúde e o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos a chamada “Campanha Nacional de Prevenção à Gravidez na Adolescência”.

A peça deve pregar a abstinência sexual como método prevenção à gravidez na adolescência. 

O método é passível de críticas, inclusive o ministério público pediu o cancelamento da campanha, mas todo método não prejudicial que vise criar e desenvolver ações para prevenir a gravidez dispositivos de segurança para os jovens deve ser bem vindo.

Fazer o jovem desenvolver a capacidade de domínio de si, pensar em suas escolhas e decidir é fundamental. O ginecologista Raphael Câmara Medeiros Parente, que é conselheiro do Conselho Federal de Medicina (CFM), afirma que a política de educação sexual de abstinência pode deve se juntar às outras já existentes. 

“Assim como há vários métodos contraceptivos, há diversas formas de educação sexual que podem ser complementares, cada uma pode ser mais adequada a um determinado público”, afirma Raphael.

O médico, é representante do Conselho Federal de Medicina em um convênio com o governo federal para o auxílio na elaboração de políticas públicas.

7. Material preventivo contra IST e DST

Investimentos massivos em marketing devem ser feitos para levar informação à população. 

Sem dúvida produzir materiais gráficos e digitais são uma forma de levar informação aos jovens. Os meios são vastos, através de folders, cartazes, panfletos, rádios, tv, nas redes sociais e ações externas nos diversos municípios.  

São formas que estão à disposição para levarmos informações relevantes sobre as doenças venéreas ou mais conhecidas como DST ou IST.

O que são doenças  sexualmente transmissíveis (DST)?

As doenças sexualmente transmissíveis são enfermidades provindas da relação sexual sem prevenção, são fatais e uma das principais causa morte no Brasil.

Produzir material para explicar como funcionam e como podem ser evitadas é fundamental. As doenças sexualmente transmissíveis que mais atingem os jovens brasileiros são:

  • HIV/Aids
  • Sífilis
  • HPV
  • Gonorreia
  • Herpes genital
  • Hepatite B ou C

Neste site Telelab.aids.gov você encontra informações complementares para prevenir e tratar estas doenças.

O que são infecções sexualmente transmissíveis (IST)?

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos.

Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal). Relações sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. 

A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação.

De maneira menos comum, as IST também podem ser transmitidas por meio não sexual. Pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.

Gravidez na adolescência conclusão

Conclusão: o assunto gravidez na adolescência é uma necessidade de saúde pública urgente e requer a atenção do poder público, da sociedade e da família.

Juntos podemos promover ações práticas e efetivas para ajudar na prevenção e na queda dos números de gravidez indesejada no Brasil.

Analogamente toda boa ação para melhorar a qualidade de vida dois jovens é bem vinda. Tome nota do resumo e o que você pode fazer para prevenir as doenças sexualmente transmissíveis e a doença e a gravidez na adolescência.

  1. Pílula anticoncepcional
  2. Preservativos masculino e feminino (camisinha)
  3. Espermicida
  4. Diafragma
  5. Diálogo sobre sexo na família
  6. Abstinência sexual
  7. Material preventivo contra IST e DST

Resumo, todo este artigo pode ser baixado gratuitamente e usado para levar informações aos jovens. Abaixo estão as principais fontes confiáveis sobre o assunto para quem quer saber mais.

Fontes: