Saiba tudo sobre Palestra para Adolescentes

A adolescência é sem dúvida uma fase de maturação que deve preparar a criança que deixa a vida infanto-juvenil para assumir responsabilidades da vida adulta. E uma palestra para os adolescentes pode ser uma opção em uma fase em que o jovem adolescente não quer ouvir pessoas do ciclo comum.

Essa fase é muita das vezes mal compreendida pelos pais responsáveis, mas vamos auxilia-lo a compreender alguns pontos importantes. As mudanças são tão drásticas que eventos importantes ocorrem no cérebro e é preciso compreendê-los para evitar conflitos. Muitos são os temas relacionados à adolescência e uma palestra para adolescentes pode ser um marco na orientação, educação e instrução aos adolescentes.

O que é adolescência?

A adolescência é a fase da vida que vai dos 15 aos 19 anos onde ocorre a transição para a vida adulta. A adolescência é marcada por alterações hormonais, comportamentais, físicas, transição social e mudanças psicológicas. 

O neurocientista americano Jay Giedd, e sua equipe, descobriram que na fase da adolescência o cérebro é marcado por um aumento das sinapses em várias partes do cérebro. Sinapse é a região localizada entre neurônios onde agem os neurotransmissores, transmitindo o impulso nervoso de um neurônio a outro, ou de um neurônio para uma célula muscular ou glandular.

Estas células processam variados tipos de informações e estímulos por todo o corpo humano. Saiba mais sobre a adolescência e como as palestras podem auxiliar em um melhor dialogo nesta fase.

Crises da Adolescência

A adolescência é um período de amadurecimento da rede de neural e é o momento onde é preciso abandonar outras áreas que serão menos usadas. Segundo a neurocientista Dra. Rosana Alves, quando as crianças chegam na adolescência o cérebro dá uma bagunçada para poder depois se reorganizar.

Inclusive o córtex frontal a parte externa do cérebro que é bem espessa, porque todas as nossas capacidades superiores mais intelectuais desenvolvidas são comandadas pelo córtex. E ele passa por um afinamento e diminui a densidade porque precisa se reorganizar e quando ele sofre essa afinada que as coisas começam a dar uma bagunçada aí que começam às crises.

É neste período da adolescência que as ações imponderadas e as emoções mais profundas são manifestados com tanta constância, sem passar pela a razão. É a hora em que os hormônios ficam à flor da pele e qualquer coisa lhes deixa irritadiço e com alterações contínuas de humor.

Sintomas da Adolescência

Sintomas da Adolescência

Existem sintomas muito semelhantes em aspecto geral que ocorrem neste período. Compreendê-los é essencial para o bem estar do adolescente e da família. É preciso que tenham suporte para enfrentar as mudanças da melhor maneira possível.

Fome de leão

Certamente você já viu um adolescente se alimentando e ficou assustado com o prato cheio de comida, pois bem, o apetite nesta época é maior e a resposta é óbvia é uma fase de crescimento e mudanças físicas e o organismo precisa estar bem nutrido.

O acompanhamento de uma nutricionista é importante pois os adolescentes gostam de comidas muito gordurosas como batata frita, hambúrguer e refrigerante e essa necessidade de comida precisa ser controlada para evitar o excesso de peso e doenças como a obesidade, colesterol elevado, desnutrição, gastrite e anemia nutricional.

Avaliação de riscos

Os adolescentes apreciam demais a recompensa em curto prazo. Por isso expõem-se ao risco mesmo quando sabem seus perigos, a recomendação dos especialistas para ajuda-los a desfrutar da sensação de recompensa é faze-lo em um ambiente menos arriscado se for o caso, de esportes radicais. O engajamento em programas de prevenção do risco nas escolas também deve ser incentivado.

Humor imprevisível

Segundo a medicina transformações no cérebro e nos hormônios dos adolescentes não acabam aos 18 anos. Por isso é necessário acompanhar as suas mudanças de humor com a perspectiva de que os altos e baixos poderão ocorrera a cada cerca de 24 anos. Só então você estará lidando com alguém emocionalmente estável.

Rebeldia sem causa?

Uma pesquisa realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontou que há 22.640 jovens privados de liberdade no Brasil. Adolescentes internados em mais de 461 estabelecimentos socioeducativos por terem praticado ato infracional.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) preserva o direito do jovem e afirma: Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8.069/1990. Isso ocorre na maioria das vezes, nos períodos de crise mais complexas, pois parecem não ligar para as consequências de suas escolhas.

É claro que não se tira a responsabilidade dos adolescentes de seus delitos, mas essa rebeldia é parte da transição explicada pela Dra. Rosana. Isto explica em parte o comportamento agressivo, atos contrários ao senso comum, irritabilidade, indisciplina, mudança de humor e aquele senso de que ninguém o entende.

Estudo americano mostrou que os adolescentes que participam de atividades de lazer com a família rotineiramente e costumam fazer as refeições na companhia de pais e irmãos são menos propensos a comportamentos sexuais de risco. A orientação é incentivar esses momentos.

É preciso que nós adultos entremos no mundo deles, escolher os assuntos preferidos dos jovens e dialogar. Não são mais os bebês, cresceram e precisam encarar os desafios e aprender a lidar com cada um deles. Tome nota de algumas sugestões para enfrentar as fases de crises tão complexas:

  • Muito diálogo
  • Palestra para adolescentes
  • Acompanhamento psicólogo
  • Prática de esportes
  • Cursos
  • Artes manuais
  • Leitura
  • Lazer

Vida em grupos

Desde a antiguidade o homem vive em grupos, e na adolescência isso se torna mais evidente. É essencial a vivência em grupo pois assim os adolescentes podem exercitar e saber as sua função social, a vida em grupo ganha força na adolescência.

“O adolescente, dentro da segurança que o coletivo oferece, se expõe ao desconhecido que é se colocar à prova.”, afirma Evelyn Kuczynski. É certo que se abre possibilidades variados riscos como vimos acima que podem afetar este momento, por isso a presença dos pais e responsáveis é fundamental.

Ocorre assim um afastamento natural dos seus genitores e responsáveis, e passam a trocar os momentos entre os familiares por amigos e conhecidos. É preciso dar liberdade mas acompanhar de perto os adolescentes sem ser invasivo, o vínculo criado na infância não é fundamental para o enfrentamento dos períodos de crises.

Desconfiança

Ao trocar ideias com os jovens adolescentes perceberá que costumam questionar e contra dizer tudo que vem do ciclo comum. Tendem propositalmente não dar ouvido aos conselhos dados por pais e responsáveis. Em alguns casos se fecham completamente e não querem ouvir. Mais uma vez vale a pena lembrar que ajuda psicológica, e muita paciência são bem vindo para administrar esta fase.