Fala, professor: Bate papo de hoje com a professora Nilza Barbieri

Fala professor: Bate papo com a professora Nilza Barbieri, estreia nova série em nosso canal, dando voz para quem faz educação no Brasil. Vamos lá?
Nilza, seja muito bem-vinda a inauguração da nova série do nosso canal, Fala, Professor 01 do canal Palestra para Professores, estamos felizes por sua presença, por favor, fala um pouco sobre a sua carreira e formação.
Bem… Terminei o Magistério, (curso que tenho muita tristeza por ter sido extinto) em 93 e em 2002 fui efetiva na prefeitura de Areado. Após alguns anos consegui fazer Pedagogia e, um tempo depois, a Pós Graduação. Estou há 20 anos trilhando esse lindo caminho como professora, profissão que escolhi por amor, um amor que permanece até hoje.
Os resultados da pesquisa “Profissão Docente”, iniciativa do Todos pela Educação e do Itaú Social, realizada pela empresa Ibope Inteligência, afirma que mais da metade dos professores não indicam a profissão. Por que você escolheu a carreira de professor? E qual a sua opinião sobre o resultado desta pesquisa? 
Como disse acima, escolhi por amor e por vocação,  bastante consciente dos desafios da carreira, inclusive financeiramente, coisa que nunca vi como problema.  Fico triste em saber de tanta insatisfação, a ponto de não indicar a profissão.
No dia a dia, o que te motiva a trabalhar como professor?
O que me motiva todos os dias é saber que meus alunos esperam por mim e que posso fazer a diferença na vida de cada um deles. O olhar de carinho e respeito das crianças e a gratidão dos pais por aquilo que, na verdade, é obrigação nossa, não tem preço.
Depoimento de aluno: Professores que te inspiram e por que? A professora Fabiana Ninfa, que me ajudou a escrever a redação, que me levou ganhar este prêmio, e também a professora Nilza Barbieri, que me deu aulas no 4° e 5° anos do Ensino Fundamental l e que me incentivou muito a expressar este meu “talento” de produzir textos. A elas, meu amor e admiração. – Guilherme Vitor de Oliveira – Curso EPTV na escola
O maior estudo sobre educação do mundo, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), apontou que o Brasil tem baixa proficiência em Leitura, Matemática e Ciências, se comparado com outros 78 países que participaram da avaliação. Por que a educação brasileira é tão ruim?
Na minha opinião, por ter politizado o ambiente escolar.  Melhor nem entrar nesse campo.
Siga-nos nas Redes Sociais:
O que podemos fazer na sua visão para mudar o cenário da educação no Brasil?
Sempre brinco que, se tem alguma coisa que precisa retroceder, é a educação. Seria perfeito voltar ao que era no tempo em que minha geração estudou (30… 40 anos atrás). Se a gente aprendesse mesmo os conteúdos iria pra série seguinte, se não aprendesse o professor tinha autonomia para reter o aluno.
Dados mostram que oito em cada dez jovens já presenciaram atos de violência nas escolas. O professor Luiz Guilherme Dácar da Silva é membro do Comitê Paulista pela Prevenção de Homicídios na Adolescência e diz que o resultado mostra que o problema da violência escolar é muito profundo e complexo. Como você tem lidado com a questão na escola?
É doloroso saber que essa situação é a realidade de muitos lugares, o coração fica partido. Porém, na minha realidade é tranquilo, graças a Deus.
O assédio moral de professores contra alunos é um fenómeno ausente do debate público, como resolver esta questão?
Gostaria de dizer que me recuso acreditar em coisas tão abomináveis, porém é uma triste realidade. Punições rigorosamente severas precisam ser aplicadas e o afastamento definitivo do profissional em questão. Escola, sala de aula, é lugar para se sentir seguro, protegido e amparado. Não se pode fazer “vista grossa” diante de tais situações.
Qual o papel da família na educação em sua visão como profissional? O que podemos fazer para envolver os pais desinteressados neste processo?
O papel da família na educação é fundamental para o bom desempenho do aluno e do professor também, da escola como um todo. É preciso conhecer, estar consciente do que se passa, para poder participar e fazer as cobranças que são de direito dos envolvidos. É preciso muita criatividade da escola para despertar o interesse da família para participar, especialmente os mais desligados.
Como motivar um professor desmotivado?
Tentar resgatar seu respeito e valor próprio. É preciso se “apaixonar” de novo pela profissão.
Nos dê algumas dicas de sites, filmes ou livros sobre educação que te inspiram.

A alegria de ensinar

Autor: Rubem Alves

Quem ama educa

Autor: Içami Tiba

  Gosto muito desses dois autores. E a Bíblia Sagrada, onde aprendemos que tudo o que fazemos precisa ser por amor e com amor. E é nessa leitura orante que descobrimos os caminhos certos a seguir, sem medo de errar.
Faça suas considerações finais
Há 20 anos atrás, quando comecei, fiz uma oração pedindo a Deus que sempre me permitisse ter o mesmo sentimento pela profissão como foi no primeiro dia. Que se algo mudasse dentro de mim em relação ao que escolhi, que me desse a coragem de abandonar e capacidade para buscar outros caminhos, outra profissão. Até aqui Ele tem me atendido. Amo ser professora. Fica aqui, mais uma vez, meu agradecimento pelo convite. Parabéns pelo trabalho que desenvolve nesse meio. Que Deus te abençoe e capacite cada dia mais. Quem quiser conversar com a professora Nilza, abaixo estão as redes sociais dela. Nós agradecemos mais uma vez o seu interesse em nossos projetos e ações. Não se esqueça de que acabou aqui, mas tem muito mais conteúdo em nosso Blog Palestra para Professores e estamos ativos no Youtube com a série Fala, Professor em podcast, acesse. Minhas redes sociais: E-mail: nilza.luzia@hotmail.com Facebook: Nilza Barbieri
Exit mobile version